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O que são blends de café?

A diversidade de misturas, conhecido como blends de café ou lotes, que as marcas oferecem pretendem satisfazer as necessidades específicas dos consumidores, não sendo difícil encontrar sabores para todos os paladares. O café é o resultado final de um processo de transformação onde as diferentes variedades se combinam para formar os melhores blends de café.

Blends são misturas

Os grãos de cafés vêm de diferentes países, como Brasil, Colômbia, Uganda… Uma vez chegados a Portugal, nas fábricas são torrados, misturados de forma doseada para criar blends bem ao gosto dos portugueses, e depois embalados e enviados aos comércios.

Mas para que isso aconteça, os grãos passam por diferentes fases para culminar num resultado perfeito e, assim obter uma bebida completa.

Tipos de blends de café

No mercado existe muitas misturas de café, conhecidas como blends, que consiste em lotes de café com combinações doseadas de arábicas e robustas. Os blends ou lotes de melhor qualidade têm uma proporção maior de arábicas resultando em cafés especiais que ganham em aroma e sabor.

Portanto os melhores blends de café são feitos com uma combinação de grãos Arábica e Robusta. Os grãos Robusta fornecem o teor de gordura para uma boa camada de creme e a cafeína adicional, enquanto os grãos Arábica fornecem aromas e notas frutadas. A proporção entre os dois varia conforme os tipos de blends que se pretende criar.

As grandes marcas de café em Portugal geralmente procuram criar uma mistura única e diferenciada em sabor frente a outras, de modo a criar um blend de café único.

Café em grão e misturas

A mistura dos grãos é a parte mais importante durante o processo de obtenção de um blend para cafés de qualidade, com o propósito de garantir o equilíbrio entre o aroma, corpo e sabor. As principais são:

Os melhores Blends fazem-se com grãos de café arábica e café robusta. Esta é a característica principal do café expresso português, uma mistura equilibrada, que contém cafés mais suaves e outros mais fortes.

Estas misturas devem ser bem doseadas para garantir blends com aromas fortes, mais corpo e teores baixos em acidez. O resultado final na chávena é um café aromático com creme cor de avelã e que deixa um bom sabor de boca.

Os grãos do mesmo tipo de café de diferentes regiões ou países são misturados e torrados juntos. Portanto, uma mistura também pode ser feita com a mesma variedade de grãos de café, mas de diferentes procedências. Existem cafés feitos com grãos 100% arábica de diferentes origens.

Cafés originais

Com vimos, as misturas de café contêm grãos de vários países. Já os cafés originais ou de origem única (single origin) contêm grãos de um único país. Para que um café receba esta denominação, todos os grãos de café devem ser da mesma área de cultivo e não devem ser misturados com outros tipos de café.

As misturas e portanto os blends representam o produto final inerente a um processo pelo qual passa os grãos de café desde a sua origem até chegar à sua chávena. Conheça em traços gerais todo esse percurso.

Variedades do café em grão

Existe duas varidades de café em grão: Arábica e Robusta.

O café arábica é a variedade que ocupa 70% da produção mundial, tendo a sua origem na Etiópia. Esta variedade caracteriza-se pelo seu sabor suave e bastante aromático e com menos cafeína. É cultivado em diferentes países da América do Sul, de África e da Ásia. Os blends ou lotes de melhor qualidade têm uma maior percentagem de arábicas por possuírem maior aroma e sabor.

O café robusta ocupa o restante 30% da produção mundial. Esta variedade de grãos caracteriza-se pela sua acidez e sabor amargo, tendo mais corpo e menos aroma que a variedade arábica. Tem cerca de 50% mais cafeína do que a variedade arábica. É cultivado no Brasil, Angola, Costa do Marfim e Uganda.

Os blends com esta variedade de café produzem cafés menos aromáticos e menos ácidos que os arábicas. Esta variedade é particularmente útil para as misturas do café expresso devido à produção de uma espuma cremosa.

Uma chávena de café é o resultado de uma complexa mistura de compostos voláteis que experienciamos ao ser bebido. Aroma, acidez, amargor, corpo, doçura e sabor são as características sensoriais do café que se associam a essas sensações agradáveis que ficam na boca depois de bebido.

A torrefação

A torrefação é uma das fases mais importantes para conseguir um blend único. A torra do café é o que lhe confere esse sabor e aroma bem característicos do café e que tanto nos delicia. Os grãos de café são torrados lentamente a temperaturas que variam entre os 100ºC e 250ºC, de modo a libertar todos os seus aromas.

Durante o processo da torrefação os grãos perdem água, reduzindo assim o teor de humidade. A torra pode influenciar o sabor final do café, desde bom a mau. Uma torra excessiva pode causar um sabor mais amargo, já uma torra média (mais clara) se nota mais a acidez. No entanto, a qualidade final do café torrado depende de muitos outros factores.

A moagem

Depois de torrado os grãos de café são moídos em diferentes grossuras, pois cada forma de preparação de café requer o seu próprio tipo de moagem. O café depois de moído após 15 minutos começa a oxidar, ou seja começa a perder aromas. Se o café for embalado a vácuo pode atrasar este deterioro mas, não impedi-lo na sua totalidade. Por isso, o melhor é comprar café em grão e fazer a moagem no momento do seu consumo.

Além da qualidade dos blends de café, que é necessário para conseguir esse equilíbrio entre aroma, corpo, acidez e sabor, fazer café, sobretudo o café expresso prefeito, exige sabedoria e experiencia no momento de ser tirado. Muitos outros factores, como a temperatura da água, o café moído na hora, a máquina de café podem influenciar o resultado final.

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